Quando o assunto é ancoragem em obras, existem alguns desafios e dificuldades que são encontrados. Os principais questionamentos envolvem, sobretudo, o ambiente em que serão realizados as cargas, os esforços resultantes e o posicionamento desses elementos, que traz consequências na geometria do local.

Nessa etapa, é importante definir que tipo de ancoragem esse elemento vai precisar, se é pré-concretada ou pós-instalada, como esse sistema será instalado e que tipo de carga ele vai suportar. Em todas essas situações, é essencial ter materiais e profissionais de qualidade à disposição.

Pensando nessas questões, desenvolvemos este artigo para explicar um pouco mais os tipos de ancoragens existentes e realizar um comparativo entre dois principais sistemas: o Chumbador Químico e o Chumbador J. Acompanhe!

O que é ancoragem e quais são suas aplicações?

A ancoragem tem a função de estabelecer uma ligação entre dois elementos estruturais, proporcionando uma elevada resistência de carga, que pode ser de tração, cisalhamento ou uma combinação entre elas. As principais aplicações das ancoragens são:

  • fixação de guarda-corpos;
  • fixação de maquinários;
  • fixação de consoles;
  • fixação de pontes rolantes;
  • fixação de estruturas metálicas.

Como exemplo, é possível citar os sistemas de ancoragens e fixações utilizados em um galpão.

Quando essa edificação é executada integralmente em pilares de concreto, é necessário fazer a amarração da estrutura metálica da cobertura nesses pilares, pois ela não pode ficar simplesmente apoiada nesses elementos. Por isso, são adotados sistemas de ancoragem, com elevada resistência para efetivar a fixação.

O que é ancoragem pré-concretada e pós-instalada?

Quando se fala em sistemas de ancoragem, dois tipos principais podem ser destacados: a pré-concretada e a pós-instalada. As diferenças dessas fixações dizem respeito aos elementos que são utilizados e o momento em que essa amarração é feita.

A ancoragem pré-concretada é realizada durante o processo de fabricação de um pilar, sapata ou qualquer outro elemento estrutural de concreto. Todo esse sistema ocorre em paralelo com a concretagem dessa peça estrutural. É possível citar como elemento desse processo o Chumbador J, que é um dos principais tipos de ancoragem pré-concretada.

Um sistema de ancoragem pós-instalada vai de encontro ao processo pré-concretado. Nesse tipo de fixação, todos os elementos estruturais já estão fabricados, e o conjunto de chumbadores é posicionado posteriormente.

Para que isso ocorra, é necessário utilizar elementos que possam fazer a fixação desses chumbadores. Como exemplo, podemos citar o Chumbador Químico, que é usado em uma etapa posterior da fabricação do elemento estrutural, amarrando-os depois.

Os chumbadores pré-concretados têm a vantagem de agilizarem o processo de ancoragem, pois são amarrados no momento da fabricação do elemento estrutural. No entanto, se posicionados de forma inadequada ou em local incorreto, é muito complicado mudá-lo de local.

Já os chumbadores pós-instalados, por serem posicionados posteriormente, podem aumentar o tempo de serviço da ancoragem. Porém, eles têm a vantagem de serem mais versáteis, ou seja, se houver a necessidade de mudar o local da instalação após a concretagem, isto pode ser feito. Além disso, por serem fixados nos locais corretos, aumenta a precisão do trabalho e diminuindo o risco de retrabalhos.

Quais as diferenças entre Chumbador Químico e Chumbador J?

Quando se está arquitetando uma edificação, por exemplo, existe um leque de opções que precisam ser consideradas na hora de escolher o chumbador que mais se adeque ao projeto. Para isso, separamos as informações essenciais sobre os dois principais tipos de chumbadores utilizados: o J e o químico.

Chumbadores J

Os Chumbadores J são instalados na etapa de fabricação do elemento estrutural. Por isso, ganha-se tempo nesse tipo de sistema, não sendo necessário realizar perfurações na obra ou aguardar o tempo de cura do material. A efetivação dessa ancoragem está atrelada ao próprio tempo de secagem do concreto.

Quando se trabalha com esse tipo de chumbador, é necessário estar sempre com um gabarito de posicionamento, garantindo que esse elemento fique exatamente na posição especificada do projeto de ancoragem. Apesar disso, mesmo com gabaritos precisos, em diversas situações essa peça fica fora do local adequado, o que exige uma nova amarração, aumentando o retrabalho na obra.

Dessa forma, quando se usam Chumbadores J, o quesito principal é que a sua construção esteja perfeita, de acordo com as especificações do projeto. Entre algumas de suas aplicações, destacam-se a fixação de peças em estruturas metálicas e a fixação de bases para torres de plataforma.

Em questões de acabamento, o processo de oxidação pode comprometer o ponto de ancoragem. A maior parte das organizações buscam adotar o sistema mais econômico, o que muitas vezes prejudica o bom andamento da obra. Ao optar pelos Chumbadores J, se esses não estiverem bem posicionados e protegidos o suficiente, retrabalhos e quebras podem acontecer, sendo necessário utilizar posteriormente um chumbador pós-instalado.

Chumbadores Químicos

Os Chumbadores Químicos podem ser fabricados a partir de duas principais tecnologias diferentes. Os mais comuns apresentam, como base química, o epóxi ou vinil éster. Como exemplo, os produtos Hard EP 131 e Hard VI 1101 são materiais que proporcionam cura lenta e rápida, respectivamente. A escolha vai depender do escopo de projeto. Já demos algumas dicas de como escolher o Chumbador Químico ideal aqui no blog, clique aqui e confira.

Como esses tipos de chumbadores são pós-instalados, é possível concluir que eles são elementos dinâmicos, pois adequam-se à montagem da obra. Isso ocorre devido ao fato de que o ponto de ancoragem é realizado de acordo com a necessidade, sem preocupações com o posicionamento, característica essa não observada no tipo J.

Outra questão que deve ser mencionada é em relação às homologações. Tanto o Hard EP 131 quanto o Hard VI 1101, por exemplo, são classificados como chumbadores químicos homologados, pois eles se adequam à diretrizes internacionais, entregando maior credibilidade e segurança para o sistema de ancoragem.

Todo o processo de instalação é extremamente simples, necessitando apenas da realização de um furo, limpeza da área e posterior posicionamento de uma barra roscada para fazer a fixação. Com esse sistema, é possível trabalhar com Chumbadores Químicos em atividades submersas, estruturas metálicas e placas pré-moldadas.

Além disso, os Chumbadores Químicos homologados contam com softwares de cálculo, como o hard designfix (HDF), que auxilia o processo de dimensionamento da ancoragem por parte do engenheiro. Esse programa permite determinar as cargas que serão aplicadas e escolher o chumbador mais adequado para o sistema.

Qual é o melhor chumbador para a ancoragem?

Em sistemas de ancoragem, não é usual um Chumbador J ser homologado. Isso porque esse grupo agrega um conceito bem simples, geralmente fabricado a partir de um processo de dobra de um aço comum de construção. Sendo assim, não se pode avaliar esse tipo de chumbador nessa questão.

Um ponto interessante é que os Chumbadores J são fabricados de acordo com as necessidades do cliente e não há certificações para essas situações. O que ocorre é a utilização de bases de cálculos manuais para encontrar a carga do chumbador.

Para determinar uma boa escolha do chumbador, é necessário adequar o sistema às mais variáveis condições que podem ser encontradas em obra. Dessa forma, é possível obter a máxima eficiência na aplicabilidade da solução, que resultará em redução de custos. A seleção de um produto que forneça segurança, seja de fácil aplicação e entregue longevidade é o mais indicado.

Por isso, a opção de utilizar um Chumbador Químico traz mais segurança e confiabilidade ao sistema de ancoragem. A homologação dos produtos e os softwares de cálculo disponíveis para o dimensionamento do consumo e do tipo de chumbador são os grandes diferenciais dessa prática, especificando o tipo ideal e a quantidade exata de resina para o processo.

Além de todas essas questões, a confiabilidade de um sistema de Chumbadores Químicos é muito maior que um sistema com Chumbadores J, pois o primeiro evita substancialmente o retrabalho e a necessidade de adequações futuras devido a quebras por oxidação.

A escolha de um sistema adequado de ancoragem é fundamental para uma correta execução dos elementos estruturais. Como vimos, os Chumbadores J garantem maior agilidade, mas pecam na qualidade e no posicionamento adequado. A opção por chumbadores químicos constitui um diferencial para a construção, passando confiabilidade e segurança para a estrutura e gerando economias no sistema.

Ainda tem algum questionamento sobre qual é o melhor tipo de chumbador para o sistema de ancoragem da sua obra? Entre em contato conosco para conhecer nossos serviços e sanar todas as suas dúvidas!